Fui desafiada pela Canon Portugal a partilhar uma história de uma das minhas viagens, no âmbito do concurso lançado recentemente chamado “365 Days of Summer“. Se ainda não ouviste falar deste concurso é bom saberes que te pode dar a oportunidade de viajares por 1 ano (sim, isso: 365 dias!) pelo mundo fora, com tudinho pago. Para mais info é só dares uma espreita neste artigo: Viaja pelo mundo durante 365 dias com tudo pago com a Canon!

Mas vamos lá à história então.


Em Agosto de 2015, a meio de uma viagem a solo pelo Sudeste Asiático, e acabadinha de chegar a Ubud, em Bali, na Indonésia, conheço aquele que viria a ser o meu companheiro de viagens durante pelo menos 1 semana: um polaco chamado Cyprian, acabadinho de chegar do outback Australiano. O Cyprian cativou-me desde o início pelo seu espirito livre e genuíno. FIcámos amigos quase de imediato e acabámos por partilhar uma mota durante resto da semana, que nos levou a ver paisagens, templos e conhecer pessoas incríveis nas redondezas de Ubud.

Depois de tudo visto e visitado naquela zona, combinámos seguir os 2 para Amed, na costa este de Bali, a cerca de 2 horas de distância de Ubud, um sítio conhecido pelo bom snorkelling e mergulho que se pode fazer por lá. Mas antes, o Cyprian teria de alugar outra mota com a qual planeava ficar ainda por mais 1 mês por Bali, e na qual deveríamos seguir então os dois rumo ao nosso próximo destino.

No dia da partida para Amed, deixa a homestay onde estávamos alojados cedo de manhã em busca de uma nova mota, voltando apenas 3 horas depois. “Conseguiste mota?”, pergunto eu. “Sim, consegui. Queres vê-la?”. Sigo atrás dele, com grandes expectativas sobre o “bicho” que nos levaria até Amed em segurança e de forma confortável. Chegamos à rua e eu vejo algumas motas estacionadas em fila. Existiam umas 2 ou 3 que me pareciam indicadas para esta viagem. Mas comecei a perder a esperança quando passámos por elas sem parar. Finalmente o Cyprian pára junto a uma. Não consigo deixar de transparecer uma pontinha de desilusão. A mota escolhida era ainda mais antiga e mais pequena do que a outra que tínhamos até então, e eu não conseguia ver de que forma seria possível viajarmos os dois com 2 mochilas enormes e um didgeridoo (que o acompanhava para todo o lado) durante 2 a 3 horas. “Foi muito caro o aluguer?“, pergunto eu. “Na verdade, comprei-a.”. Jesus. O receio aumentou ainda mais depois do dono da homestay ter dado uma vista de olhos à mota e ter dito logo que estava praticamente sem travões.

Vi-me obrigada a desiludir o Cyprian e a dizer-lhe de forma direta que nem morta eu viajaria naquela mota durante 2 horas seguidas, nas estradas caóticas de Bali. A alternativa passava por eu apanhar um mini bus de manhã rumo a Amed onde nos encontraríamos depois à tarde. No entanto não consegui resistir ao ar de desilusão e de abandono do Cyprian ao ver-me a voltar atrás na minha decisão de viajar com ele, e prometi pelo menos acompanhá-lo até uma oficina para uma revisão total da mota antes de tomar uma decisão final. Ele mantinha a esperança de que, depois da mota totalmente revista, eu mudasse de opinião.

Eu e o Cyprian em Bali

Cerca de 1 hora e meia depois a mota estava razoavelmente em condições. Bem, pelo menos melhor do que estava no inicio! Óleo trocado, travões novos e mais algumas coisinhas. Ok. Mas agora era preciso tratar do suporte para pelo menos uma mochila e arranjar um capacete extra. Conseguir o capacete extra foi o mais fácil: deram-nos um, sem custo nenhum, numa das oficinas a que fomos. O grande problema seria arranjar um local onde colocassem o suporte para as malas e para o dito didgeridoo. Pedimos indicações a algumas pessoas na rua e indicaram-nos uma oficina onde parecia que tratavam disso. Chegámos lá e nada. Não faziam nada disso mas falaram-nos de outro sitio mais à frente onde eram capazes de o fazer. Nada também. À terceira tinha de ser de vez! Mais uma oficina. Ok, aqui tinham os suportes. Mas não eram fortes o suficiente para uma mochila com quase 20kg… Ai… Já prestes a desistir, um rapaz que também estava na oficina a ser atendido, um russo que vivia em Bali já há 5 anos, diz-nos que provavelmente só conseguiriamos tratar disso com um soldador. Bonito. E agora onde é que iamos encontrar o raio de um soldador…? Para nos ajudar ensinou-nos a palavra em balinês para soldar: “Las”. Graças a essa dica preciosa lá fomos perguntando pelo caminho e conseguimos chegar a um soldador. A esta altura eram já 17h e a oficina estava prestes a fechar mas atenderam-nos na mesma. Por meio de gestos e mais gestos (tendo em conta as dificuldades de comunicação verbal em balinês ou inglês) o Cyprian lá ia explicando o que queria. Notava-se bem que o soldador queria era despachar a coisa para ir para casa o mais rapidamente possível. Nem pensava no que estava a fazer. E claramente, pobrezinho, também não era propriamente um Einstein. Algo que deveria ser relativamente simples para um soldador experiente, tornou-se numa espécie de exercicio de matemática aplicada. Acabámos por sair da oficina apenas às 20h e sem suporte na mota…

Nessa noite, em Ubud, comprei o bilhete com destino a Amed para as 11h do dia seguinte. A minha decisão estava mais que tomada. A noite acabou com uns copos de Arak, uma bebida alcoólica local feita a partir de côco, no mesmo sítio onde tinha comprado o bilhete de autocarro. Fiquei a torcer pelo Cyprian. No dia seguinte ele teria como missão encontrar um soldador com um bocadinho mais de massa cinzenta do que o anterior…


Inspirada? Boa, então arranca para o Instagram e partilha uma foto e a respetiva história com o hashtag #LiveForTheStory. Mas lembra-te que só podes contar a história num máximo de 50 palavras! Vais ter de pôr à prova a tua capacidade de sintese. 😉 Boa sorte!

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Maria João Proença

Nascida e criada em Lisboa, Portugal, mas apaixonada pelo mundo. Adoro partilhar as minhas histórias de viagem, fotografias e videos e aconselhar e inspirar quem partilha a mesma paixão pelas viagens!

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